quinta-feira, 31 de março de 2011

Don't you bring me down today...

Nunca fui muito boa em nada. Pra falar a verdade nunca fui muito. Nunca fui muito bonita, muito inteligente, muito feia, ou muito burra e até acontece de algumas vezes eu me pegar pensando porque tenho amigos se pra variar eu também não sou muito legal. São poucas as coisas que eu sou realmente boa, mas eu não me sinto menos digna de qualquer coisa por causa disso, porque ser razoável é uma característica minha. E nem adianta ficar se questionando porque você nasceu menos bonita, menos inteligente, e etc.. Porque são respostas que nunca conseguimos encontrar. Acabamos aceitando, concordando e tirando proveito das características que nos pertencem, como por exemplo: Se seus olhos são muito bonitos, faça uma maquiagem que os realcem, se sua boca tem um formato bonito, passe um batom bem exagerado e por ai vai (...). O importante é tentar, porque o tempo vai passando e a gente vai percebendo qualidades que não suspeitávamos pelo simples fato de nunca termos dado uma chance de se descobrir.
A verdade é que posso ser mediana em muitas coisas, mas eu acabei descobrindo que...
Eu sou muito boa em ser quem sou.

sábado, 26 de março de 2011

Aos meus amigos..


"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Fernando Pessoa.