Um conselho de amigo.

Era uma vez em um passado não muito distante um grupo de amigos muito diferente de todos os outros que já conheci. Todos tinham suas diferenças, e ao mesmo tempo ideologias muito parecidas. Sempre julgados, sempre criticados, sempre apontados, e sempre o centro das atenções. Sem contar a facilidade que eles tinham de fazer de qualquer situação uma festa, na riqueza ou na pobreza, se tivesse uma garrafa de vodka a felicidade estava garantida.

Eu os admirava por muito motivos, pela alegria, pela imaginação, pela parceria, pela capacidade de perdoar, e por diversas outras coisas. Me recordo das situações pelas quais já passaram, umas que se eu não tivesse visto, com certeza não teria acreditado, noites que por pouco não viraram tragédias, e hoje em dia eles tiram boas risadas. Para quem acha que essa fase é a época da superficialidade e do descaso, eles provaram o contrário. Eram solidários, inteligentes, e por mais que fossem bobos, na maioria das vezes, tinham um coração gigante. Aprenderam muito, e ensinaram o dobro.

Não posso esquecer de falar deles individualmente, tinham os malucos, os festeiros, os caseiros (ou a caseira), os engraçados, os contadores de histórias, os pertubados, os que acordavam e dormiam cedo, os sarados, os responsáveis, os estudiosos, os trabalhadores, os preguiçosos, "o criado a leite com pêra (bibi)", os cachaceiros, e tinha até uns que eram dj's. Cada um com as suas características, o que os deixava cada vez mais apaixonantes.

Me peguei falando sobre essa galera e percebi que  um dia eles vão sentir saudade deles mesmos, do que juntos eles foram. Eu mesma sinto, já tenho saudade de escrever sobre eles, pensar neles, e aprender com eles. Eu queria poder voltar no tempo e dizer para eles, aproveitarem cada segundo juntos, porque época mais feliz do que aqueles tempos, eles jamais terão. 

Ahhhh, mais que vontade de fazer parte daquele pessoal (...)

Algumas coisas que aprendi.

A maior dádiva que a vida pode nos dar, é a possibilidade de aprender. Aprender com os mais novos, com os mais velhos, e até com os que já foram. Cada pessoa carrega consigo uma experiência nova, uma vitória, uma lição. Por isso somos tão dependentes uns dos outros, é preciso de união para evoluir.

Tem certos momentos da vida que você se da conta que ficar sozinho as vezes é bom e até necessário, mas se sentir só é horrível. Inflama, é amargo, e dói. Bom mesmo é amar, e estar perto de quem ama você. Essas pessoas sim, valem a pena. Ame-as muito, com todo o seu coração, se entregue e então será recíproco.

Em algumas situações vai ser preciso admitir que está no fundo do poço, se sentindo fraco, pequeno e que não vai suportar. E então recomece. Sinta medo, mas aquele medo gostoso que serve para te dar adrenalina, nunca permita que ele tome conta de você. E nunca se esqueça: Força se ganha na caminhada!

Só

Somos esquecidos a partir do momento que não fazemos nada para sermos lembrados. Um simples gesto pode te tornar insubstituível, e não há nada mais maravilhoso do que saber que você é único.

A cada segundo existem milhões de coisas acontecendo ao mesmo tempo, boas ou ruins, e todas elas servem de aprendizado, alertas para aproveitarmos a vida da melhor maneira possível, porque por mais que os atos de algumas pessoas sejam previsíveis, a vida é a única coisa totalmente imprevisível, não sabemos e nunca vamos saber nada sobre nosso futuro.

Sinta saudade, chore, ame, brigue. Demonstre. Seja você, para que os outros não precisem ser.

Acredite, porque é possível. A fé consiste no sentimento de esperança, quando tudo parece estar perdido. Aceite que sofrer faz parte, mas aprenda que a dor se supera, e que tudo acontece por um motivo, ou por vários.

E principalmente, nunca se esqueça que mais vale lágrimas de verdade, do que risos de mentira.

Fingir, na hora rir.

Não sei porque todo mundo insiste em fingir, é engraçado e ao mesmo tempo é assustador a facilidade que algumas pessoas tem para mentir. Uma vez eu ouvi alguém dizer que a mentira é um processo infinito, porque quando você conta uma mentira, por menor que ela seja, você sempre tem que contar outra, mais outra, e mais outra para que aquela primeira faça sentido. Claro que eu já menti, muitas vezes, e me arrependi de todas as mentiras contadas até hoje, mesmo aquelas que funcionaram, a nossa consciência nunca esquece.

Agora, há mentiras para o bem, e para o mal. Tem quem minta para proteger alguém, e acaba se prejudicando, mas também tem quem minta pra prejudicar alguém e acaba se beneficiando. Tem quem minta tão bem que acredita que é verdade, e tem quem minta tão mal que já sabe que ninguém acreditou.

Para aqueles que nunca mentiram, de uma forma ou de outra nunca é bom, você não se sente mais feliz, não fica satisfeito, e não se orgulha. Pra todos os efeitos, a verdade é a melhor saída. Tem quem diga que a verdade dói, mas ela é simples e cristalina; a mentira é complicada e quase sempre, suja.

For a minute there, I lost myself....

Sem saber por onde começar, vou dizendo que sinto falta. Parece que pouco tempo passou, e muitas coisas mudaram.Um dia simplesmente acordei sem saber o que ainda era meu, e o que um dia tinha sido. Acordei cheia de dúvidas sobre as pessoas, sobre as coisas, e sobre mim, para ser mais clara, cheia de conflitos psicológicos internos. Sem saber quem era quem, quem era verdade e quem era mentira, sem saber quem eu era e o que eu, na realidade, estava procurando.
Se parar para pensar, a gente está sempre nessa busca, de quem somos, quem nascemos para ser, o que queremos e quais são os nossos objetivos. Essa eterna dor de cabeça, essa cobrança do mundo de que todo mundo nasce para ser uma coisa na vida. Porra, ai eu digo, se eu quiser ser mais que isso, se eu quiser as vezes fazer uma escolha, uma não, várias, depois errar e fazer outra. Testar as possibilidades e ser for preciso quebrar a cara para ter certeza de que aquilo não é para mim. Dizer sim, depois não, sim de novo, e não novamente. Aprovar e reprovar. Chorar, sorrir. Gritar, e fazer silêncio. Protestar, defender. Amar, odiar. Viver.
Não me contento com pouco, e é por isso que eu continuo atrás do muito e quando eu finalmente chegar aonde eu quero, não vai ser por ninguém, vai ser por mim mesma. Porque a vida é isso... E foi errando que percebi, que a felicidade não consiste em conseguir agradar a todos, e sim, agradar apenas a si mesmo.

Don't you bring me down today...

Nunca fui muito boa em nada. Pra falar a verdade nunca fui muito. Nunca fui muito bonita, muito inteligente, muito feia, ou muito burra e até acontece de algumas vezes eu me pegar pensando porque tenho amigos se pra variar eu também não sou muito legal. São poucas as coisas que eu sou realmente boa, mas eu não me sinto menos digna de qualquer coisa por causa disso, porque ser razoável é uma característica minha. E nem adianta ficar se questionando porque você nasceu menos bonita, menos inteligente, e etc.. Porque são respostas que nunca conseguimos encontrar. Acabamos aceitando, concordando e tirando proveito das características que nos pertencem, como por exemplo: Se seus olhos são muito bonitos, faça uma maquiagem que os realcem, se sua boca tem um formato bonito, passe um batom bem exagerado e por ai vai (...). O importante é tentar, porque o tempo vai passando e a gente vai percebendo qualidades que não suspeitávamos pelo simples fato de nunca termos dado uma chance de se descobrir.

A verdade é que posso ser mediana em muitas coisas, mas eu acabei descobrindo que...

Eu sou muito boa em ser quem sou.

Aos meus amigos..

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Fernando Pessoa.

Até que ponto ter medo é bom?

Quando uma coisa está muito na cara, as chances de desconfiarmos dela são muitas. Para você entender exatamente pense em uma questão com 5 possibilidades de resposta, e tem uma tão óbvia que te da certeza de que não é a correta. E aquilo fica na sua cabeça, fica martelando e você perde quase 1 hora em uma única questão, que talvez seja a mais idiota possível e acaba sendo a mais difícil de se resolver e é exatamente isso que acontece em muitas outras ocasiões. Em muitas escolhas a opção mais óbvia é a que você mais desconfia. Mas Por que? Eu tenho uma teoria que sinceramente não sei se alguém pensaria igual a mim, o que eu noto é que hoje em dia a maioria das pessoas ficam na defensiva o tempo todo, já esperando alguma coisa ruim e preparando até um ataque pra se essa suposta coisa acontecer já estar pronto. A gente tem tanto medo de arriscar que as coisas mais fáceis de se resolver se tornam grandes aborrecimentos, e nos gera pavor. Não sei se conseguiram chegar no meu raciocínio, é confuso mas é uma das minhas melhores respostas pra essa questão. E eu acho que essa é uma das 10 coisas que eu queria mudar no mundo, queria que as pessoas não tivessem tanto medo de coisas pequenas. Medo é necessário, mas quando se tem muito a gente enlouquece. Então marque sem receios a opção mais óbvia e evite complicar coisas que são sim tão simples quanto parecem, essa é a verdadeira solução.